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Filha da lua.

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Ela tem olhos escuros,  castanhos, ou serão pretos? Mas o olhar dela, é feito de fogo. Isso faz com que, mantenhas  contacto visual, por muito tempo. Ela tem os cabelos longos, não muito longos.  Mas são da mesma cor, que os olhos. Ela parece ser de outro mundo,  mas no entanto ama a lua. A pele dela é da cor do sol da manhã. Olhas para ela, parece que brilha,  mas passas a mão e sentes que, ela não deixa de ser fria. Fecha os olhos e tenta vê-la...  Não a vês? Ela despiu-se de si mesma.  Mostrou a sua alma mais pura e nua. Fecha os olhos e tenta vê-la... Não a vês? Isso é porque não a conheces.  Não conheces os sonhos da filha da lua e do seu amante sol. Fecha os olhos e tenta vê-la... Não a vês? Isso é porque, ela é diferente de tudo o que já viste. Por ser assim, ninguém a aceitou. Por não ser aceite, foi se abrigar no mar, de baixo do seu pai sol, e da sua mãe lua.

Mentindo até sentir.

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Confusão, é essa a palavra para definir a minha mente. Mas é mais do que, uma simples confusão. É dor e tristeza, é frio em plena época de calor. É angústia, é sofrimento, é o tempo em desaceleramento. É algo maior do que eu, é algo que não sei controlar, mas sim é algo que eu, só queria parar. Não me controlo e querem que eu controle os meus sentimentos? Não sejam fúteis a esse ponto. O indomável, não tem domínio próprio. O indomável é forte e insaciável. Então, não queiram controlar me e nem peçam, para controlar o que sinto. A única hora em que não minto, lamento dizer, mas é só quando eu sinto. Param para olhar melhor, porque sinto e lamento, mas sinto muito. Não sinto o que quero, sinto apenas o que sou, então só sinto confusão, caos e dor. Porque quando eu tentei sentir mais do que isso.  Riram se de mim.  Disseram me que eu não sabia sentir. Então tive de aprender a mentir até realmente começar a sentir.

Tempestade.

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Mais uma vez, aqui estou eu de telemóvel na mão e de fones nos ouvidos, a tentar escrever, a tentar filtrar o que sinto e penso. Mas desta vez, não é como das outras vezes. Ou pelo menos, não está a ser. Não consigo filtrar nada, nada, nem o que penso nem o que estou a sentir. Sou tempestade pura, a raiva é tanta que, nem a música que estou a ouvir me acalma. Sou também, tempestade que nem eu me consigo acalmar, mesmo sabendo que isso me faz mal. Não sei de onde sai tanta raiva, tanta fúria, tanta vontade de mandar tudo para um certo lugar. Tenho tanto medo deste meu lado.  É tão fora do normal, sentir-me assim, que me sinto indomável, incontrolável. E o que fazer? Nada nem eu sei, sinceramente. Quando estou assim, o meu "eu não quero falar", funciona como um mecanismo de defesa.  Não, para mim mesma, mas sim para os outros. São poucas as pessoas que, conseguem lidar com este meu lado, menos calmo.  Se nem eu sei lidar com esta tempestade, como é que alguém con...

Cristais de sal.

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Mesmo de coração partido, com as malas feitas e preparada psicologicamente para, mais uma vez, ir embora, dói como nunca tinha doído antes, porque eu tinha uma vontade incomensurável de ficar mas, tu não me pediste isso. Pelo contrário, com as tuas atitudes, só conseguiste escorraçar-me da tua vida e da tua vista. Só que, desta vez, pensava que não ia doer tanto… E não dói. Para ser sincera, a dor destruiu-me, de dentro para fora, e isso nunca tinha acontecido. E sabes o que mais me doeu? Não foi o teu desprezo, nem o modo frio como me afastaste e tens afastado  da tua vida. Indubitavelmente, o que mais doeu foi ver os outros a pedirem-me desculpa por erros que são teus. Cada vez que o faziam, a minha raiva aumentava, e a frustração também. Nem vou falar da tristeza, nem dos mares de lágrimas que chorei  não por ti, mas porque me sentia tão, mas tão estúpida. Depois de tantas lamentações e frustrações, tive de seguir sozinha. Com as minhas lágrimas, que agora são cr...

O meu outro eu.

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Dentro de mim, há uma outra versão minha, que está muito magoada, triste, ferida e sem qualquer esperança no futuro. Dentro de mim, há uma outra versão minha, que já não acredita na mudança das pessoas e do mundo. Que não consegue acreditar sequer, na idade de um dia haver um mundo melhor. Essa outra versão minha, está presa dentro de mim. Mas ela grita e pede por socorro, todos os dias. Também há dias de sol! Acredita nisso, acredita em mim. Às vezes, consigo acalma-lá, dizendo que tudo vai ficar bem.  Dei-te um abraço, bem apertado, mas a revolta e a indignação é tanta que ela se solta dos meus braços... Daí, ela toma conta do meu corpo, como se fosse dela e faz-me tremer e gritar. Até que, finalmente ela faz-me chorar até adormecer de tanto soluçar. Sinto muito.  Eu mesma sinto muito, por não poder ajudar-te, minha outra versão.  Envergonho-me, por ter de esconder-te tanto.  Mas se, as pessoas souberem da tua existência, com toda a minha certeza, elas serã...

Meus olhos.

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Qual é a parte favorita do teu corpo? Aposto que, assim que, leste a pergunta a resposta veio á tua mente. Obviamente que todos nós, temos uma parte do nosso corpo que, olhamos primeiro e outra que evitamos olhar a todo o custo... Eu, como todas as mulheres, tenho os meus complexos. E como a menina que já fui, há coisas, que gostaria que fossem de outro jeito. E todas nós, somos assim. E acho que, não dá para fugir! "Os olhos, são o espelho, da alma." Quem nunca ouviu essa? Claramente todos nós. Mas e se eu disser que, por muitos anos, a última parte do meu corpo que eu olhava era os meus olhos.. É super complicado para mim falar disso, pensar nisso. Quando alguém que nem sequer me conhece, fala dos meus olhos, fico logo na defensiva e no ataque, ao mesmo tempo. Sei lá, já é natural em mim. Depois de tantas cirurgias e mudanças de medicamentos, que terei de usar, para o resto da vida e milhares de consultas, é normal estar sempre na defensiva em relação a isso. Hoje...

Palavras não ditas "continuação".

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Olá, tudo bem? Bem, um dia, não sei quando mas espero que este texto chegue até ti, mas se ele chegar não saberás quem é que o escreveu, e nem que é para ti. Mesmo assim, espero que ele chegue até ti. Por mais incrível que pareça, tu marcaste a minha vida até hoje. O primeiro texto que te escrevi, é mais uma de muitas memórias boas que guardo até hoje comigo. Sinceramente, eu gostava muito de saber como estás. O que fazes da vida hoje? No fundo, acho que nunca saberei o que é feito de ti, mas és continuarás a ser apenas uma linda e doce memória. Lembro-me bem da última vez que te vi, eu estava no meu último ano do secundário, e tu no primeiro. Foi tão estranho, mas ao mesmo tempo tão bom. Estavas no portão da escola com o teu irmão, e eu estava a voltar do shopping com as minhas amigas. Deu-me logo aquele frio na barriga, quando os teus olhos encontraram os meus. Perdi logo o meu chão, porque pensava que nunca mais iria me cruzar contigo. Hoje penso o mesmo, que nunca mais ...

Carta para o meu blogue.

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Olá, meu querido e amigo blogue, como estás? Bem, não te vou perguntar como têm sido os últimos tempos, porque tu estás tão confuso quanto eu. Já são dois anos, que passaram em 5 minutos, pelo menos para mim. Lembro-me de cada texto, do primeiro então. Sei lá o primeiro, é como digo no texto "Os primeiros da vida". "Tudo o que vem depois dos primeiros da vida, não tem o mesmo sabor, não traz o mesmo frio na barriga, as mesmas borboletas no estômago". No fundo é verdade que, neste momento estou a sentir o mesmo nervosismo, que senti, ao escrever o primeiro texto. O meu primeiro bebé (sim bebé porque cada texto meu é como um filho) o primeiro texto, que dois anos depois tem 149 leituras. Nunca pensei que ,149 pessoas fossem ler algo, escrito por mim. "Cada um faz o seu caminho", mas neste dois anos temos caminhado juntos por "Palavras não ditas", que acabaram por ser ditas com muita ternura e amor, caminhamos também por "Sorrisos roubad...

E se.

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E se... E se desse certo? E se nós dessemos realmente certo? E se no fim, fossemos só nós os dois, é tão bom recordar as faíscas, de felicidade que ficaram, depois do nosso primeiro olhar se ter cruzado. E se tu me quisesses, do mesmo jeito que te quero? E se tu me amasses com todos os meus defeitos, que pairam como nuvens num céu nublado? E se, não fossemos um "talvez" mas sim uma "certeza"? E se, fossemos um nós no plural, e não apenas um singular qualquer? E se, tudo o que sonhamos se realizar? E se, o mundo acabar e ficarmos só nós os dois? E se, tudo o que procuras está em mim? E se, nós formos felizes? E se, tu fosses meu? E se, a vida nos quiser ver juntos? E se, eu for o teu porto seguro? E se, o teu sorriso me completasse? E se, nós formos o suficiente? E se, o amor não for o suficiente? E se, a tua felicidade não for comigo? E se, nós não bastarmos? E se, eu parar de pensar em ti? E se, eu paro de pensar em ti? E se, não existissem tant...

Sem ti mas contigo.

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A cada dia que passa eu só peço que a noite chegue rápido para poder pedir às estrelas para refletirem a luz do teu olhar, no céu escuro. Peço à lua para ser sempre cheia porque assim vejo melhor os teus cabelos longos e pretos a dançarem na minha direção. Peço ao meu relógio para parar porque quero que a noite dure, dure e dure até os teus braços tocarem a minha alma e quando tocam, olho para ti, olho para o céu estrelado com a lua cheia e peço ao mar para as ondas recuarem e avançarem consoante o bater dos nossos corações. As noites sem ti não têm graça, as estrelas não brilham quando não estás, mas nunca estou sozinha porque tu estás sempre por perto e todas as pessoas reparam na noite quando cá estás, e eu não consigo ver as estrelas quando tu não estás perto de mim.

Sentidos.

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Eu tenho medo de não sentir, mas também tenho medo de sentir demais. Tenho medo de nunca mais sentir aquelas borboletas no estômago, e se eu deixar de as sentir o que será feito delas?  O que fizeram com elas? Tenho medo de, não sentir aquele aperto profundo no coração, que não dá para explicar a causa. Tenho medo de não sentir o teu olhar, a encontrar o meu. De não sentir a minha mão, a entrelaçar na tua. O toque, o cheiro, todos aqueles 5 sentidos que ao teu lado era tão sentidos, tão intensos, eu a ficar quase sem ar só de ti ver. A fome a ir embora e a nos deixar sós, só tu e eu. Mil amores, mil cores, mil sabores, só tu e eu. Tenho medo de nunca mais sentir, e nunca mais sentir medo.

Circo.

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No geral, sou uma pessoa muito pensativa. Até que gosto disso, porque tecnicamente não é algo ruim, mas há momentos que também penso demais. Sei lá, ter um bloqueador de pensamentos, às vezes até que dava bastante jeito na minha opinião.  Estava mesmo agora a pensar, numa frase que acabei de ler que diz: "Não culpes o palhaço por continuar a ser um palhaço, mas culpa-te a ti por continuares a ir ao circo". E essa frase é tão real hoje em dia, faz tanto sentido aplicado em alguns casos. Há por aí muita gente incrível, com tudo nas mãos para ser feliz, e não é. Só porque perdem o seu tempo com outras pessoas fúteis e sem nada a acrescentar, nas suas vidas. Ir ao circo por diversão é uma coisa, deixar um palhaço fazer da nossa vida um circo é outra coisa, completamente diferente.  A vida tem muitas surpresas reservadas para nós. Mas elas só surgem, no momento, em que estamos prontos para as receber.  Abre a porta á vida, e deixa as suas surpresas fazerem morada. ...

Tempo.

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Sempre ouvi dizer que o tempo voa, que tempo é dinheiro. Aproveita agora, porque amanhã não sabes se vais estar aqui. Estás a perder tempo, não deixes o tempo escapar-te por entre os dedos e mais, e mais blá, blá, blá... Se o tempo é assim tão valioso, por que perdemos tanto tempo com coisas fúteis? Se o tempo é assim tão escasso, por que perdemos tanto a pensar no que já foi e não no que ainda está por vir? Se o tempo realmente corre, por que ainda insistimos naquilo que não nos faz felizes? Agora, a pergunta é:  Quanto tempo ainda nos resta e o que vamos continuar a fazer com ele? Para e pensa:  O que tenho feito até aqui faz-me bem?  Faz-me feliz?  É assim que quero continuar a gastar o meu tempo?  Daqui a dez anos, se eu olhar para trás, vou gostar do resultado?  Se a tua resposta for sim, então continua. Se a resposta for não, então para e recomeça enquanto ainda tens tempo.

O que não falo, escrevo.

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Há coisas, pessoas, sentimentos e atitudes que me deixam muito confusa. Eu não sou muito de falar sobre o que realmente sinto.  Talvez por ter dificuldades em me expressar com palavras faladas. Então, escolho e busco sempre outra forma de dizer o que sinto, através das palavras escritas.  Muitas pessoas perguntam:  "Como assim? És tão comunicativa". Sim, eu sou muito comunicativa. Mas, sinceramente, uma coisa não tem nada a ver com a outra.  Até porque, para mim, tudo o que está relacionado à exposição dos meus sentimentos não é nada fácil.  A verdade é que, com o passar do tempo, tornei-me boa em camuflar o que sinto de várias formas. Isso é errado? Algumas pessoas dizem que sim, outras que não, e há aquelas que simplesmente não se importam.  No entanto, a meu ver, é apenas uma forma de me proteger de várias coisas. Cada um tem seu jeito de ser e de viver, e este é o meu.  É claro que mostro o que sinto, mas apenas para quem tenho muita confiança....

Conexão.

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Muitas pessoas entram na nossa vida. Algumas para nos ensinar alguma coisa, outras para nos marcar para sempre, outras para nos mostrar o que não queremos, ou serve para nós. Outras passam e escolhem ficar, e outras passam com a brisa, leve que voa. Mas às vezes, chega uma ou outra pessoa em que a conexão vai além, de qualquer distância, de qualquer coisa que possa acontecer. Talvez até se podem afastar, mas a conexão continua intocável, inabalável, forte, porque no fundo essa conexão é de outro mundo. É como se, a alma dessa pessoa tivesse ligada à tua e não há nada que possa destruir isso. É como se, as almas se procurassem sempre uma à outra. E quando numa conversa que, nunca acaba é saber que, aquela pessoa vai sempre nos entender.  E é essa conexão intensa e verdadeira, que temos de procurar manter com quem está a nossa volta. É sobre ter alguém que não complica, mas que está sempre pronto para descomplicar qualquer situação. Não sobre ter alguém que simplesmente nos completa,...

Noites em claro.

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Madrugadas em claro, pensando em tudo o que não vivemos juntos, vendo fotos que nunca tiramos juntos, rindo das brincadeiras e jogos que nunca jogámos, lembrando de todas as vezes que tudo o que eu mais queria era um abraço teu, uma palavra tua e estava simplesmente sozinha. A angústia que carrego no meu peito por tudo isto é bem maior do que eu. Olho para mim e penso, tu dizes tantas vezes que, eu sou a primeira na tua vida, e o que me dás?  Nada, absolutamente nada. Sou tão ridícula por me sentir assim, mas há dores que vão sempre doer como, se fossem a primeira vez, e em relação a nós não tenho esperanças na mudança. Só espero que eu lá na frente faça melhores escolhas do que tu. Dizem que só faz falta quem está, mas é mentira porque tu mesmo não estando fazes falta todos os dias, e isso dói como se fosse a primeira vez.

Sobre mim.

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Bem, cá vou eu começar a escrever mais um texto. Este é diferente, não é sobre um tema aleatório, ou sobre alguém em especial.  Mas sim é sobre alguém, mais do que especial. Eu escrevo tanto e quase todos os dias, mas neste texto confesso que nem sei por onde começar.  Achei melhor começar por dizer afinal qual é o tema do texto. Bem é um textinho sobre mim, afinal ninguém me conhece melhor do que eu mesma.  Bem, eu nasci a 11/08/1995 em Cabo Verde, isso com certeza, todos os que me conhecem sabem.  Sou filha de pais que hoje em dia já não estão juntos.  Sou a mais velha de dez irmãos e sou a única filha mulher por parte de mãe, sim porque ela tem mais dois rapazes. Um tempo depois do meu nascimento, veio se a descobrir um problema de saúde que me acompanha até hoje, tinha cataratas congênitas.  Cresci e passei a minha infância em Cabo Verde, com os meus avós e irmãos.  Ia sempre ao médico, para saber como é que a minha visão estava.  Quando ating...

Mais uma vez.

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Mais uma vez, os pensamentos tomam conta de mim. Mais uma vez, choro sozinha sem saber o que fazer. Os meus olhos ardem como fogo, o meu coração bate desesperadamente, enquanto espera uma resposta, que complete este quebra cabeça que dói em mim. Eu perco me cada vez mais nos meus pensamentos, dos quais eu não me orgulho. Pensamentos que me fazem criar paranóias, que fazem me imaginar coisas terríveis. Eu só queria saber o porquê de estar assim. Não quero sentir me assim. Se há um motivo por de trás disto tudo, eu espero que valha a pena, estes pensamentos todos. Realmente não vale a pena estar assim, mas não sei o que fazer. Vou tentar parar de pensar, mas não consigo, porque isto tudo é mais forte do que eu. Só quero que isto pare. Quero tranquilidade e paz. Não quero sentir me assim. Não quero viver neste tanto faz, quero algo que me refaz.

Ela sou eu.

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Ela inspirou me a escrever por paixão, ouvir música por diversão, sorrir com o coração.  Mas quem é ela? Ela sou eu, e eu sou ela. Uma menina, mas mulher, que sabe que a vida não é fácil. E que por isso, ela não complica.  Ela é aquela, que aprendeu a sorrir, só com o olhar, porque sabe que nem todos a saberão amar.  Ela é o inverno em pleno verão, que trás a calmaria na sua imensidão.  Ela é aquela que não se rende, e os seus defende.  Ela é aquela que, nunca largou a minha mão, porque conhece o gosto amargo da solidão.  Ela é aquela que, trás leveza na alma, mas que sempre perde a calma. Mais uma vez, para quem não entendeu, ela sou eu. Ela sou eu, e eu sou ela. Juntas, somos uma. Juntas somos mais, porque ela é mais forte, quando eu sou mais forte. E quando ela é feliz, eu também sou feliz, porque ela sou eu, e eu sou ela.

Dias de chuva.

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No meu íntimo, só peço todos os dias, para não ter de abrir mão do que me faz feliz e de quem me faz feliz.  Faço sempre os possíveis, para cumprir com as minhas promessas, porque tenho a plena consciência de que nada é para sempre. Nem sempre, as coisas tomam o rumo que desejávamos, mas ao mesmo tempo agradeço porque são raros os momentos em que tenho a cabeça e o coração em sintonia.  Esta voz que tenho em mim, não se cala e grita sempre por mais felicidade. No entanto, nem todos os dias são de sol. Tudo vai bem e do nada vem uma chuva forte que, nos molha da cabeça aos pés e ficamos encharcados a olhar um para o outro. Aproveitamos e fazemos a festa à nossa maneira. Debaixo da chuva, pegas a minha mão e dançamos com as roupas coladas nos nossos corpos, enquanto as nossas almas se procuram até se encontrarem... Basicamente, todos os amores têm os seus altos e baixos. O que vale é lutar para vencer, todos os baixos, para que juntos possamos brindar os altos. Então, o melhor é...

Romance de cinema.

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Ultimamente, tem estado tudo meio, sei lá. Não sei explicar...  Parece que os problemas têm surgido, até das paredes da minha casa.  Às vezes, olho para mim e vejo uma mulher forte e lutadora. No fundo, sei que, sou apenas uma menina frágil e delicada, que precisa tanto de um colo para poder chorar mares e mares de lágrimas, que já andam acumuladas dentro do meu peito há tanto tempo. Até começarem a formar cristais de sal, que me cortam o coração em pequenos pedaços.  Foram tantas as vezes que o mundo fugiu, enquanto eu pensava que, ele estava mesmo debaixo dos meus pés, que tinha forças para ir à guerra e conquistá-lo novamente de forma sagaz e veloz. Pois, aí está o problema: eu acho que dou tanta força aos outros que, acabo por esquecer de guardar alguma para mim, essa é a verdade. Com estes últimos tempos que tenho vivido, aprendi que nem sempre o amor e a força de vontade resolvem tudo. Afinal, a vida não é um romance de cinema. Que só dura uma hora e meia e têm semp...

Reflexos.

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Todos os dias, eu acordo, olho-me ao espelho.  Creio que, toda a gente faça o mesmo.  Todos os dias, vejo o meu reflexo e penso:  Pele negra, cheia de cicatrizes e marcas, que contam a minha história. Olhos pretos, com uma profundidade incomparável, lábios carnudos e secos, costas firmes, mas tortas, pernas longas e velozes, pés pequenos mas que tiveram que pisar gigantes, para estar onde estou hoje...  Olho a minha nudez e vejo uma mulher que ama ser menina, mas só quando é preciso fingir, que acredita no fingimento alheio.  Cada vez que me olho no espelho, amo-me mais. Sou mais forte, porque só eu sei o que o meu corpo já passou, só eu tenho a consciência do peso que as minhas costas e ombros já carregaram. Só eu sei, os rios de lágrimas, que já escorreram pelo meu rosto rígido e firme. Só eu sei, a angústia, que a minha garganta engoliu, o meu peito agarrou e a cabeça não quis apagar. Então, se é para fazer comentários do meu corpo, é melhor saber que eu e o ...

Eu num poema.

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Rosto de menina, alma de mulher.  Livre, no seu pensamento, mas presa no seu jeito de ser. Ama com intensidade, não aceita pouco, reciprocidade para ela é tudo. Às vezes, deixa se levar pela sua ansiedade. Com fogo no olhar, pavio curto, chata como ninguém, mas sabe sempre amar. Leonina de coração, moça de poucos sorrisos, guerreira de berço, apaixonada até dizer que não. Olha para a lua e para o céu estrelado. Tem a alma nua procurando sempre por seu amado. Pequena e de pouca estatura, magra e fina, o seu corpo é uma escultura. Na vida, é bem definida. Sabe o que quer: correr atrás de poucos. Sabe bem o que não quer. Assim é esta menina, moça e mulher.

As minhas pessoas.

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 Não sou uma pessoa de pessoas mas, tenho as minhas pessoas. É, parece que não faz muito sentido, mas vou explicar:  Eu sou o tipo de pessoa, que se pudesse, passaria os dias sozinha ou apenas acompanhada das minhas músicas, do meu bloco de notas, de uma caneta ou então na companhia do meu quarto, das minhas coisas...  Ou melhor passaria os dias acompanhada do meu lugar favorito, a ouvir as pedras a baterem na água até se afundarem. E digo que tenho as minhas pessoas, porque realmente as tenho.  São poucos, confesso, até os posso contar pelos dedos, mas no entanto são as melhores do mundo.  As mais leais, carinhosas, verdadeiras, são as melhores pessoas, que eu poderia ter do meu lado. E agradeço muito, por tê-las, na minha vida. E além disso, há uma fase da vida, em que só temos as pessoas necessárias na nossa vida e isso basta para sermos completos. 

Sobre 2021

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Vamos falar um pouco de 2021? Para começar, ouvi muita gente a dizer que 2021 foi o pior ano de sempre. Mas sem dúvida que para mim, 2021 até foi um dos melhores anos.  Apesar da pandemia e dos seus efeitos, vivi muita coisa boa.  Imaginem, acordar mais de metade do ano com um sorriso tão lindo e perfeito, que nem dá para descrever. Pois, era o que me acontecia porque eu durmo com o meu sobrinho bebé e assim que ele acorda a primeira coisa que faz é sorrir. Por causa da pandemia, não viajei tanto como eu queria. Porém, em 2021 posso dizer que fiz umas das viagens que eu mais desejava: desde 2019 que não viajava. Poder entrar num avião, novamente e sentir borboletas no estômago, enquanto o avião descolava, foi uma das melhores sensações do ano. Não sei se sabem o que é esperar muitos anos para poder ver alguém. Eu esperei 19 anos, para poder abraçar a minha avó materna. Esse abraço, foi o melhor abraço da minha vida, sem dúvida. Foram tantas sensações e lembranças num só abraço...