Tempestade.

Mais uma vez, aqui estou eu de telemóvel na mão e de fones nos ouvidos, a tentar escrever, a tentar filtrar o que sinto e penso.
Mas desta vez, não é como das outras vezes. Ou pelo menos, não está a ser.
Não consigo filtrar nada, nada, nem o que penso nem o que estou a sentir.
Sou tempestade pura, a raiva é tanta que, nem a música que estou a ouvir me acalma.
Sou também, tempestade que nem eu me consigo acalmar, mesmo sabendo que isso me faz mal.
Não sei de onde sai tanta raiva, tanta fúria, tanta vontade de mandar tudo para um certo lugar.
Tenho tanto medo deste meu lado. 
É tão fora do normal, sentir-me assim, que me sinto indomável, incontrolável.
E o que fazer?
Nada nem eu sei, sinceramente.
Quando estou assim, o meu "eu não quero falar", funciona como um mecanismo de defesa. 
Não, para mim mesma, mas sim para os outros.
São poucas as pessoas que, conseguem lidar com este meu lado, menos calmo. 
Se nem eu sei lidar com esta tempestade, como é que alguém consegue?
No fundo, acho que ninguém consegue de verdade. 
Até porque, com o passar dos anos, este meu lado tem se transformado em um mostro. 
Que destrói, tudo o que vê a sua frente.
Então quando eu digo não quero falar, não é que não queira, mas sim não quero magoar a pessoa com quem estou a falar.
É por isso que, considero o meu "eu não quero falar agora", algo sagrado para mim.




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