O meu outro eu.

Dentro de mim, há uma outra versão minha, que está muito magoada, triste, ferida e sem qualquer esperança no futuro.
Dentro de mim, há uma outra versão minha, que já não acredita na mudança das pessoas e do mundo. Que não consegue acreditar sequer, na idade de um dia haver um mundo melhor.
Essa outra versão minha, está presa dentro de mim.
Mas ela grita e pede por socorro, todos os dias.
Também há dias de sol!
Acredita nisso, acredita em mim.
Às vezes, consigo acalma-lá, dizendo que tudo vai ficar bem. 
Dei-te um abraço, bem apertado, mas a revolta e a indignação é tanta que ela se solta dos meus braços...
Daí, ela toma conta do meu corpo, como se fosse dela e faz-me tremer e gritar. Até que, finalmente ela faz-me chorar até adormecer de tanto soluçar.
Sinto muito. 
Eu mesma sinto muito, por não poder ajudar-te, minha outra versão. 
Envergonho-me, por ter de esconder-te tanto. 
Mas se, as pessoas souberem da tua existência, com toda a minha certeza, elas serão muito más contigo.
Então, é por isso que, tenho de agir como se não existesses.
Por isso, não quero que, tomes conta do meu corpo. 
Continua quieta e, mantem-te calada onde estás!
Não te quero de volta!
Nunca mais.

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