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A mostrar mensagens de abril, 2025

A morte e o renascimento das borboletas.

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A única coisa que eu queria de ti era um amor quente, forte e intenso, como um café acabado de tirar da máquina, mas sem açúcar. Em vez disso, deste-me um copo de água. Porém, o copo estava sujo e a cheirar mal. A água não era límpida; muito pelo contrário, estava super escura, com um cheiro forte e um sabor indescritível. Sim, um sabor indescritível. Mesmo tendo visto o estado daquele copo e sentido aquele cheiro que me deu voltas e mais voltas ao estômago, prendi a respiração, contei até três, fechei os olhos e bebi a água até à última gota. Água essa que, enquanto descia a minha garganta, ia-me queimando por dentro. Passados uns segundos, senti um grande desconforto no meu estômago. Eram as borboletas que lá moravam a serem mortas pela água que tu me deste para eu beber. Tive de correr para a casa de banho para vomitar por causa da enorme indisposição que estava a sentir. Quando acabei, parei por uns segundos para ver o que tinha acabado de tirar de dentro de mim. Vi pedaç...

Sombras.

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Está na hora de virar a página, esquecer tudo o que li, tudo o que aconteceu, tudo o que dói. Está mais do que na hora de parar de sonhar e de imaginar tudo o que poderia ter sido e não foi. Está na hora de acordar. São poucas as vezes em que quebro o meu orgulho e volto atrás numa escolha, e hoje fi-lo, e senti-me tão idiota depois. Depois de meses sem te mandar uma única mensagem, hoje enviei uma, onde abri o meu coração de uma forma surreal. Peguei no telemóvel e deixei o meu coração falar. Escrevi o seguinte: "Apesar de tudo, sinto a tua falta. Sinto falta das nossas conversas, das nossas chamadas e do nosso mundo, que era só nosso, mas mesmo assim, era incrível. Nem tudo o que foi, volta mais. Mas não há um dia em que eu não pense em ti. Não há um dia em que eu não olhe para as tuas fotos, que ainda tenho no meu telemóvel. No fim de tudo, só sobraram saudades e lágrimas". Há uns tempos, tinha a certeza de que responderias com carinho. Mas, como já não te co...