A morte e o renascimento das borboletas.
A única coisa que eu queria de ti era um amor quente, forte e intenso, como um café acabado de tirar da máquina, mas sem açúcar. Em vez disso, deste-me um copo de água. Porém, o copo estava sujo e a cheirar mal. A água não era límpida; muito pelo contrário, estava super escura, com um cheiro forte e um sabor indescritível. Sim, um sabor indescritível. Mesmo tendo visto o estado daquele copo e sentido aquele cheiro que me deu voltas e mais voltas ao estômago, prendi a respiração, contei até três, fechei os olhos e bebi a água até à última gota. Água essa que, enquanto descia a minha garganta, ia-me queimando por dentro. Passados uns segundos, senti um grande desconforto no meu estômago. Eram as borboletas que lá moravam a serem mortas pela água que tu me deste para eu beber. Tive de correr para a casa de banho para vomitar por causa da enorme indisposição que estava a sentir. Quando acabei, parei por uns segundos para ver o que tinha acabado de tirar de dentro de mim. Vi pedaç...