Conflitos falados.

O vento frio, não me arrepia.
As chamas ardentes, não me queimam.
O sol brilhante, não me ilumina.
A lua gigante, não me atrai.
A água morna, não corre pelo meu corpo.
O relógio veloz, já não conta, o meu tempo.
Os meus pés firmes, já não me guiam. 

Eu passo a ser, nada e tudo.
Eu aguento tudo. 
Afinal, não aguento, é nada.
Eu não aguento, se quer, aguentar alguma coisa. 

As tuas facas não me ferem mais. 
As tuas facadas, doem tanto.
Sou o amor, não a confusão. Confusão apaixonante.
Eu duvido, das minhas próprias capacidades.
Duvido daquelas capacidades, que jurei a mim mesma, nunca duvidar. 

Tenho medo de me perder, mesmo já estando, tão perdida.
Dá me vontade de gritar. Mas não tenho palavras suficientes, para arrebentar com a minha garganta.
Agora, só tenho de calar a minha boca, de forma calma. 

Ouço o silêncio, no barulho dos meus pensamentos, que não querem mais pensar. 
O meu corpo, já não respeita a minha vontade, porque o meu corpo faz, o que está a cima das minhas próprias vontades, que não querem mais pensar. 
Ouço o silêncio, no barulho dos meus conflitos falados.

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